segunda-feira, 19 de abril de 2010

. Encostar na tua... .




E eu queria te consumir. Te consumir inteiro, sem desperdiçar.
Queria te dar um pouco de todo esse amor que transborda e jorra querendo sair sem ter pra onde ir. Você era, naquele momento e por toda noite, o rio por onde eu devia correr. Começou tudo com um papo que eu nem lembro, fazendo eu me abrir de uma forma que nunca tive paciência. Um estranho, você. Um abraço, um beijo, nós.
E você fazia cara de neném, de confuso. Não entendia de onde podia surgir uma garota tão fofa e querendo e dando e recebendo carinho assim, numa balada. É. Numa balada de sexta-feira santa. Você não entendia, mas gostava. E mesmo sem me conhecer compreendia toda essa minha necessidade de colo quente. Você me dava colo. E ainda pegou uma água quando eu quis, perguntou se eu queria sentar, se estava cansada. E quando eu sentei você me abriu teus braços, me pegou, me encostou no teu peito e me fez cafuné. É, numa balada.
Você supria tudo q estava faltando. Aos poucos vinha entrando e preenchendo meus buracos. De angústias, de medos, de carências. Era gentil, carinhoso. E era alto. Tão alto que me fazia pequena mesmo em cima dos meus saltos de 15 cm. Me abraçava, eu me encolhia, e era o suficiente para ganhar um beijo na testa. Destes de quem protege. Como a muito eu não tinha. E eu me perguntava como podia. Como você podia, com teus olhos castanhos pequenos que fechavam ao sorrir, ter transformado uma balada, numa noite linda. Mesmo sem saber meu sobrenome.
E eu insistia em entender. Queria perguntar das tuas angústias e dos teus medos. Queria saber o que tinha te transformado em alguém tão carente quanto eu.
Você me fez anotar meu telefone no teu celular. Eu anotei e até agora quero me convencer de que marquei o número errado. Ou de que não salvei. É, porque você não ligou.
E hoje eu me culpo. Me odeio. Por ainda acreditar. Por ter gostado. Por ter esperado você ligar. Poxa, eu não sou mais menina, eu devia ter me protegido, usado a muralha que eu demorei tanto para construir e que já usei com tantos que foram mais do que você. Mas você me quebrou inteira. Como resistir ao teu jeito de menino homem? Como não gostar de carinho? Você foi diferente de todos que foram mais...
Entre tantas diferenças, entre tantas coisas estranhas e boas, entre todos os outros textos este é o primeiro que não sei como terminar. Simplesmente porque ainda quero acreditar que a nossa história não acabou.

“Eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tua...”
(Ana Carolina)

Um comentário:

  1. ai q lindoooo..ai q triste
    e eu nem lembro de nada...droga
    ahahhuauhauhhuuhhauhuhuhuauhuhahua
    mas o coitado tb ficou jogado na rodoviaria neh...eu nao ligaria se fosse ele...
    brincadeiraaaa amor...
    eles sao assim..soh nao sei pq...pq dar tantooo carinho...ta promessa pra nada...
    enfim...
    adorei o textooo!

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