terça-feira, 24 de novembro de 2009

. Alerta vermelho .




Depois de uma balada onde você me deu rosas cor de rosa, foi só meu (até onde eu me lembro) e me fez chorar por algum motivo que eu nem sei, achei que era nosso fim. Ou melhor, o fim dessa coisa que eu nem sei se existe.
No dia seguinte, apesar de se dizer com saudade você não me vê. E eu não quero nem sentir o teu cheiro. Pelo que sei quando é você é sempre bom manter distância entre um encontro e outro, se não a chance que eu tenho de ficar esperando um dia você me buscar de pijama é muito grande.
E hoje, segunda-feira, você (que já tinha me avisado do aniversário do seu amigo), como bom namorado de mentira ou amigogalinhaegostosoecachorro (rs) motorista que é, ao saber que eu não poderia te acompanhar devido a uma prova que eu perdi (onde ando com a cabeça?), me leva as 7 da noite até a faculdade que é em outra cidade para fazer a prova que o professor esqueceu de levar. Bom ou não, você, mesmo tendo acabado de sair, volta buscar eu e minha amiga. Disse que iria passear no shopping e comprar presente pra mim enquanto esperava, e eu que fiquei sem presente, finjo que acredito.
Um amigo de uma amiga de outra amiga te contou que eu chorei no sábado, no final da balada. Percebi mesmo que você estava estranho. Perguntaram ainda para você o que você tinha feito para me deixar daquele jeito. Você ficou estranho por que está com medo que eu me apaixone e você me faça sofrer? Eu também... Mas fique tranqüilo porque no sábado eu garanto que foram as vodkas, os wiskys, energéticos e a maldita tequila que me fizeram chorar lágrimas de crocodilo. Ultimamente só elas.Você tem me deixado mais fria, contrariando a minha amiga que disse que eu ando mais calorenta depois que te conheci.
Pela primeira vez você disse repetidas vezes o quanto eu estava linda. Mas não foram suficientes para tamparem o buraco que eu quis cavar quando chegamos ao aniversário. Eu conhecia um ou outro e me sentia a mais feia de todas as mulheres lindas e siliconadas do lugar. Isso me faz questionar o que você vê em mim.
Eu sei que sou um exemplo de namorada “perfeita”, que sou legal com teus amigos, tento me arrumar quando vamos sair, atendo tuas ligações e sou carinhosa, mesmo que as vezes os carinhos sejam forçados. Mas eu não sou assim. Eu não sou eu com você. Hoje percebi que nós não temos assunto. Apesar de gostar muito da sua companhia, eu não tinha nem o que falar com você. Queria sumir, correr, sair, pedir socorro. A cada pessoa que vinha nos cumprimentar e soltava “que namorada linda!”, eu queria uma faca no meu peito. “Por favor, pelo amor de Deus, vamos embooooora”.
O aniversariante, amigo querido, era o mais feliz em ver nós dois juntos. Só ele. Todas as mulheres queriam me matar, os homens me comer com os olhos e os velhos falavam “Será que agora ele engata?”. Sua melhoramigalindaerica deve me odiar. Deve não, eu tenho certeza que odeia. Me olha como se dissesse “O que você faz aqui?”. E eu me sinto mais baixa que o subsolo do chão.
Sinto como se não pertencesse a esse teu mundo leviano demais. Ficava pensando o que estava errado. Porque eu não tinha uma maldita idéia para puxar assunto. Minha barreira, que me segura para não gostar de você, me deixou também calada. Está fazendo com que eu me afaste e te afaste de mim. Será alerta vermelho?
Para terminar a festa o amigo querido solta “Quem tem namorado cuiiida!” Pois é. Se você fosse meu namorado talvez eu pudesse cuidar melhor de você. Se você fosse meu namorado talvez eu pudesse beijar mais você. Talvez eu pudesse te ligar mais, me declarar mais além de um “obrigada, a noite foi boa”. Talvez eu pudesse até ter mais assunto. Talvez eu pudesse ser eu. Ou talvez, se eu pudesse gostar de você tudo fosse diferente...

“Medo ou amor? A escolha é sua e cada segundo de sua vida lhe perguntará isso.”

(Victor Chaves)

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